A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma abordagem baseada em evidências, estruturada e focada em objetivos. Mas, na prática clínica, especialmente no início da trajetória profissional, é comum encontrarmos dificuldades na aplicação do modelo. Isso porque ao sair da faculdade sabemos muito sobre a teoria e muito pouco sobre a prática clínica. E ao começar a atender é muito comum termos dúvidas sobre o quê aplicar e como aplicar a TCC corretamente e assim obter os resultados esperados pelo cliente.

A boa notícia? A supervisão clínica é um espaço seguro e estratégico para reconhecer e corrigir esses erros. Então vamos a alguns dos erros mais comuns no começo da carreira de psicologia clínica.

Falta de estrutura nas sessões

É comum que, no início, a condução das sessões fique solta ou muito parecida com uma escuta livre ou bate papo, alguns psis tem o receio de trazer a estrutura e isso engessar o processo e o cliente se sentir tolhido ou não compreendido. A supervisão ajuda a retomar os princípios da TCC, incluindo o uso da agenda da sessão, definição de objetivos e revisões estruturadas, por exemplo. E ainda treinar competências para conseguir efetivamente trazer essa estrutura e os benefícios dela para o seu trabalho.

Não formular casos adequadamente

Como sabemos, a formulação é o coração da TCC. Muitos profissionais iniciantes têm dificuldade em organizá-la ou utilizá-la como guia do processo terapêutico.Assim como, utilizá-la na elaboração de um plano de tratamento efetivo. Na supervisão, é possível construir e revisar formulações de forma colaborativa, ganhando mais clareza e direcionamento. Sendo ainda possível treinar como construir uma formulação colaborativamente com o cliente, o que é um dos princípios da TCC.

Focar apenas na escuta, sem intervenções práticas

Embora a escuta empática seja essencial, a TCC também demanda intervenções ativas. Supervisores ajudam a identificar quando e como aplicar técnicas certeiras de acordo com o perfil e necessidades do seu cliente. Podemos aprender algumas técnicas como reestruturação cognitiva, experimentos comportamentais e exercícios para casa, de forma prática.

Medo de usar ferramentas da abordagem

Muitos evitam o uso de escalas, registros de pensamentos ou questionamentos socráticos por insegurança. A supervisão oferece treinamento e encorajamento para que esses recursos sejam incorporados de forma natural, principalmente através roles-playings (encenações) para o treino de competências terapêuticas.

Dificuldade em lidar com casos mais complexos

Situações como comorbidades, crises ou demandas não previstas podem gerar dúvidas. Ter um supervisor ao lado contribui para o desenvolvimento de estratégias clínicas mais eficazes e éticas. É como pegar na mão do terapeuta e caminhar a seu lado na construção do entendimento e atuação no caso. Nesses contextos, o terapeuta aprende estratégias e competências que podem generalizar a outros casos.

A supervisão clínica em TCC baseada em competências é um espaço de crescimento, apoio, aprendizado e construção de segurança profissional. Seja você um(a) psicólogo(a) recém-formado(a) ou alguém buscando aprimoramento, a supervisão pode transformar sua prática.

A Supervisão individual ou em grupo, pensados exclusivamente para você.

Recomendo frequência quinzenal para melhores resultados.

Se quiser saber mais, entre em contato! Vamos conversar sobre sua trajetória e suas necessidades.